Conheça o instrumento histórico-cultural da Complementação de Frases

A psicoterapia histórico-cultural parte da premissa de que o desenvolvimento humano acontece a partir das interações sociais, históricas e culturais. Nessa abordagem, os sintomas não podem ser vistos de forma isolada, mas como parte de uma história de vida.

Quando paramos para pensar, por exemplo, sobre a função psicológica pensamento, ela não deve ser visto como um fruto do acaso, mas sim como um processo de aprendizagem, que, como dissemos antes, é cultural e que também está firmado na nossa relações com as outras pessoas, afinal nos tornamos humanos em relação.

Dentro dessa perspectiva, os instrumentos utilizados em psicoterapia não são meras técnicas, mas mediadores intencionais, que auxiliam a pessoa a transformar suas experiências, ampliar sua consciência e criar novas formas de lidar com a realidade. Continuando nossa conversa sobre a função pensamento, uma das ferramentas que mais utilizamos em nossas intervenções é a Complementação de Frases.

O que é a Complementação de Frases?

É uma técnica de manejo clínico cuja proposta é a de acessar o funcionamento da função psicológica superior pensamento bem como revelar comportamentos fossilizados do paciente, compreendendo sua dinâmica e, assim, os modos de vida do indivíduo.

Na prática, trata-se de um método no qual o psicoterapeuta histórico-cultural apresenta uma série de frases incompletas e solicita que o paciente as complete com a primeira palavra ou frase que vier à mente.

O objetivo central é captar os nexos implícitos, aqueles que não estão claramente expressos nos conteúdos manifestos, revelando aspectos da personalidade e do modo de vida. Dessa forma, a(o) psicoterapeuta histórico-cultural pode compreender melhor as zonas de desenvolvimento do paciente e criar condições para a construção de novos sentidos.

Entendendo na prática

A grande contribuição desse instrumento está no fato de que ele não se limita em tratar sintomas, mas promove desenvolvimento psíquico. A cada frase completada, a pessoa atendida não apenas se expressa, mas também reelabora a relação entre as funções psicológicas superiores.

Vamos compreender através de um exemplo? Imagine uma mulher adulta, professora, mãe de dois filhos, que chega à psicoterapia com queixas relacionadas ao casamento de longa data. Ela relata brigas constantes e um sentimento de aprisionamento. Diante desse cenário, o psicoterapeuta histórico-cultural pode propor as seguintes frases incompletas:

  • Meu casamento é…
  • Ser casada significa ser…
  • Quando penso no meu marido, eu me sinto…
  • Gostaria que no meu casamento tivesse mais/menos…

Essa paciente pode dar várias respostas, dentre elas:

  • Meu casamento é confuso.
  • Ser casada significa ser completa.
  • Quando penso no meu marido, eu me sinto sufocada.
  • Gostaria que no meu casamento tivesse mais compreensão.

Essas respostas revelam construções socialmente convencionadas, mas também que podem contribuir para a permanência em uma relação infeliz ou abusiva, por exemplo. Apesar das contradições, elas ajudam a compreender aspectos que sustentam a permanência da paciente nessa relação.

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