Ir para o conteúdo

A clínica histórico-cultural tem seus próprios instrumentos?

Se você está começando a estudar a Psicologia Histórico-Cultural na clínica, é provável que você se pergunte se essa abordagem tem seus próprios instrumentos, afinal toda teoria psicológica que é utilizada na clínica propõe técnicas, estratégias e manejos específicos que são criados por aquela teoria, com a Psicologia Histórico-Cultural não seria diferente, não é verdade?

É bastante comum que você tenha esse tipo de pergunta, pois a teoria de Vigotski na clínica ainda não é muito difundida no Brasil, assim questionamentos como quem é o terapeuta histórico-cultural, qual a visão de mundo da PHC ou ainda quais são os instrumentos de trabalho do psicoterapeuta histórico-cultural passam pela descobertas de que existe uma Psicologia Histórico-Cultural na clínica.

Mas veja! No caso da PHC, a relação entre teoria e prática precisa ser levada muito a sério quando refletimos sobre o uso dos instrumentos na clínica!!!

Na abordagem histórico-cultural, os instrumentos são os recursos concretos que utilizamos para modificar o mundo e a realidade. Imagine, por exemplo, que você precisa enviar uma mensagem para alguém. Que objeto você utiliza para enviar a mensagem? O celular, provavelmente. Esse objeto é o que chamamos de instrumentos.

Mas os mesmos instrumentos existem também na clínica, e eles podem ser não estruturados, como uma massa de modelar que você usa no atendimento com crianças; semi estruturado, como a Dinâmica do Tempo e o Cenário de Vida; ou ainda estruturados, como escalas para avaliar sintomas no contexto de adoecimento mental.

Mas, afinal, a PHC tem ou não seus próprios instrumentos clínicos?

A resposta é sim! E a maior parte deles aqui no Brasil foram e têm sido produzidos a partir das pesquisas do Laboratório de Estudos da Subjetividade e Saúde Mental da Universidade Estadual do Ceará, coordenado pela profa. Ana Ignez Belém Lima, que está sempre por aqui conosco no Instituto Veresk.

Alguns desses instrumentos são:

  • Dinâmica do Tempo
  • Cenário de Vida
  • Frases Mediadoras
  • Árvore das Necessidades
  • Mergulho Semântico, dentre outros…

Além dos instrumentos desenvolvidos nessas pesquisas, existem outros, que foram formulados por pesquisadores nacionais e internacionais da Psicologia Histórico-Cultural. Bons exemplos são a Complementação de Frases, criada pelo prof. González Rey, e a Técnica do Talismã, instrumento amplamente difundido entre psicólogos russos histórico-culturais, com quem sempre aprendemos bastante.

Onde posso estudar mais o tema dos instrumentos na clínica histórico-cultural?

Nós do Instituto Veresk estamos sempre pensando em formas de tornar o acesso ao conhecimento sobre clínica histórico-cultural mais fácil e sem perder a profundidade. Por isso e, pensando na escassez do debate sobre os instrumentos na clínica histórico-cultural e seus usos, nós criamos o curso Instrumentos de Intervenção e Raciocínio clínico histórico-cultural .

É um curso gravado de 8h/a, com emissão de certificado e ministrado pelos professores. Neto Oliveira e Ana Ignez Belém.

Confira o conteúdo do curso:

  • Os fundamentos teóricos da intervenção e do manejo na clínica de Vigotski
  • Construção do Projeto Terapêutico Singular (TPS)
  • Intervenções verbais
  • Instrumentos de manejo clínico histórico-cultural

O curso ainda conta com bônus exclusivos para melhorar sua experiência de aprendizagem:

  • Acesso vitalício às aulas gravadas
  • Ficha de conceitualização de caso para a clínica histórico-cultural
  • Prontuário para registro das sessões adaptado à perspectiva histórico-cultural
  • 02 Modelos de anamnese para a clínica histórico-cultural: adulto e infanto-juvenil
  • 02 aulas bônus com estudos de caso exemplificando o conteúdo do curso

Tá incrível, né?

Aprofunde já o seu conhecimento sobre os instrumentos de intervenção e torne seu consultório mais sólido!

Gostou deste texto?

Nos siga também nas nossas redes sociais para ter acesso a discussões diárias sobre Psicologia clínica Histórico-Cultural!

Comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *